15.10.12

muito tempo

garranchos digitados.
rachaduras nas perspectivas.

estava dirigindo, tentando conversar com a cidade, indo ao trabalho, quando parei num semáforo.
veio o papai noel e me entregou uma pílula gigante.
colocou ela no banco do passageiro e foi embora, de trenó.

triste e feliz.
preocupado e relaxado.
transbordado e vazio.

a pílula ficou me olhando. parecia um ovo, parecia uma farmácia.
anúncio de tempos melhores, agora é nunca.

o que fazer?

compreendendo o destino e a escolha.
lamber, comer, deixar, chocar, vender...

na marginal, bati o carro enquanto pensava no que fazer.
a pílula voou longe. caiu no rio.

como vou ter certeza de alguma coisa?


1 Comments:

Blogger paradigmas universal said...

Quando se vive os dois extremos nunca se tem certeza de nada...

12:03 PM  

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