27.7.06

especialidades

tempo seco. pesquisa de intenção de voto. alice virando rainha. o suicidio da madame. duas na estatística de uma. noções de continuidade. deitada na rede. montando o cenário. cuidando da imagem. uma aula, algumas lições.
nichos, especializações, consciência de classe, partidos, empresas, times.
ironia, asfixia, travessia.
ensolação.

25.7.06

desenvolvimentos

atenção proprietários do país placa br-666. favor removê-lo da frente do shopping center.

máfia? quem diria que ligar a sirene faria tanto barulho.

olhando as ondas concluiu os pés na areia.

era um desatino querer até não querer mais.

o teto da nossa cor, a cor do nosso teto.

17.7.06

ou dá ou desce

acerto de contas, esmagar insetos e pular corda com fronteiras.
atividades lúdicas desse novo século. a pré-história do futuro somos nós!
matar outra pessoa ainda parece ser a maneira mais eficiente de ganhar uma disputa. vejo até uns casos por esse mundo afora que dão a impressão de que a disputa é mesmo matar. deve haver causas motivacionais, religiosas, morais ou financeiras, mas não são mais páreas para parar com isso.
as novas olimpiadas, na era do esporte do tédio, dos interesses multinacionistas. prontos para recontar a história.
e isso tudo pelo direito de imprimir mais papel. aja teoria da comunicação para explicar a velocidade dos cuspes e a constipação societária. a vingança casada com o forno microondas.

14.7.06

diga você

arrebentou a terceira mão na sinuca da casa. era uma tempestade de pernilongos cansando a vista. o toque da lâmpada. perguntou pelo gênio, o entregador de pizzas. qual a ladainha mágica que cava túneis pela poluição. tentou passar sabão na voz para ver se o vôo ficava mais agradável. nem tomando pinga com verdade! era um carrossel de trompetes, um véu de janelas, os abismos pela metade das casas lotéricas. pegou uma rua e foi nela até o fim, até que o fim perguntou se era ali que vendiam pastéis. é lógico que não. era um padeiro das indiferenças. voltava para casa de cabeça baixa, no ônibus queimado. as mãos! vejam as mãos, elas estão crescendo.

11.7.06

flechas sob encomenda

está um poço de alguma coisa, tentando calhar de fazer algo. ruminar o gosto de enchente e dessarrumar a vontade do que precisa. foi um tempo de si mesmo, agora está carente até de linhas, coloquial na estância derradeira. parado de anemia. é a volta batendo na cara, fazendo sua barba, coçando sua orelha. conseguia ainda ouvir música ou era só o caminho do ônibus? estava inventando motivos ou estaria passando do ponto?
depois traçou um plano daqui até o sol e ficou esperando as formigas espirrarem. saúde! a benção canibal tinha barrigas que pareciam cavernas. eram os minutos avariados do pac man com indigestão, do carrinho de mercado tombado, parecendo um sufixo inteiro, dinheiro.
o negócio da alma.

6.7.06

indefinições

quantos dentes tem um engano?
com quantas perguntas se volta ao ponto de partida?
quantos jogos para ganhar alguma coisa?
as palavras são honestas, é a honestidade que não fala.
procriado, alastrado. qualquer coisa que signifique que fodeu.
parece então lógico que qualquer frase, assim como qualquer estante de livros, seja um cadeado de pulos.

3.7.06

dança no teto

enquanto a lua passeia pela rua poderiamos estar comendo essa noite e caçando os botões dessa resposta. e mesmo assim, estamos abertos aos raios e para as cachoeiras, abertos para a música da madrugada, para o frio fazendo fumaça, na inscrição da vidraça.
as estantes e as estátuas estão terminantemente desmanchadas.